
No cerrado mineiro, Francisco Sérgio diz que a produção foi de 6,0 milhões de sacas em 2012 e com o ciclo bienal a safra cairá na região para 4,8 milhões de sacas. Normalmente, a produção cairia 30%, para 4,2 milhões de sacas, o que é a diferença entre uma safra cheia e uma menor intercaladas. Mas, a diferença será menor esse ano no cerrado e no Brasil. Porém, salienta que a safra 2013 será boa, mas respeitando a bienalidade.
Francisco Sérgio não acredita que os efeitos da bienalidade estejam diminuídos, ele atribui isso a uma questão momentânea. "Bienalidade é bienalidade", contesta. Para ele, os preços mais baixos do café atrapalharam o produtor, e muitas lavouras que iam ser podadas não foram, pelos altos custos, e por isso há essa redução nos efeitos.
O começo da Fenicafé, para Francisco Sérgio, demonstrou a força política do setor cafeeiro. Observou que o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, está voltando à Câmara como deputado federal, que o novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, é oriundo da região cafeeira do cerrado, e que o diretor da Organização Internacional do Café (OIC) é o brasileiro Roberio Silva. Salientou a importância da minuta do Código Florestal mineiro estar indo para apreciação da Assembleia Legislativa do estado, se equivalendo ao Código Florestal Nacional. "As barragens vão ser declaradas de utilidade pública e fim social. Isso facilita a atividade agrícola da região", afirmou o dirigente da Federação.
Com os baixos preços do café, Francisco Sérgio coloca que é natural que o produtor reduza os investimentos nas lavouras, e isso vai afetar os tratos culturais. "O preço hoje não remunera. Mas é importante o produtor ter em mente que as lavouras de baixa produtividade tem que ser erradicadas, sendo mantidas somente as melhores. E se possível o cafeicultor tem de fazer a renovação dos seus cafezais", afirmou.
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